Olá, aqui é o Victor! A primeira edição da Nos Eixos chegará na sua caixa de entrada amanhã, mas acho importante que eu me introduza nesta edição de número zero. Tentei expressar parte do que está aqui na publicação de amanhã, mas isso a deixaria maior e menos objetiva. Aqui vou ser sucinto, não quero me prolongar, e por isso falarei um pouco sobre mim, um pouco sobre o Techno1 e mais um pouco sobre o Eixo XYZ.
Eu posso ter sido tudo, mesmo sucinto com o texto abaixo. Depois de tantos anos sem um momento de inspiração, nós finalmente nos encontramos e me senti extremamente entusiasmado para escrever. Talvez isso fique claro no avançar dos próximos parágrafos, e é por isso eu não consegui me manter objetivo.
Sendo assim, prometo voltar em novas edições especiais da Nos Eixos para continuar falando sobre mim e sobre minhas criações, meus sonhos e meus desejos.
Antes, eu classificava a Nos Eixos como “uma newsletter sobre tecnologia e cultura pop”, depois troquei para “tecnologia e entretenimento”, e após de ter concluído o texto abaixo, imagino que eu possa falar de ambos os assuntos e também de um terceiro de extrema importância para mim: saúde mental. Veremos com o decorrer das próximas semanas.
Um dos meus maiores desejos nos últimos anos tem sido criar algo que represente quem sou, em um lugar onde eu possa me expressar e falar de tudo aquilo que eu gosto. E cheguei ao consenso de que, enquanto um podcast está fora do meu alcance, uma newsletter seria a melhor maneira de realizar esse desejo no momento.
Algumas pessoas podem argumentar que eu poderia dedicar meus perfis nas redes sociais para isso, mas já tentei e é exaustivo. O Instagram se tornou uma vitrine para a Meta (ex-Facebook), sendo mais sobre monetizar do que criar, e o Twitter deve seguir por um caminho ainda mais bizarro graças ao Elon Musk.
Temos também o TikTok com seu algoritmo que atira para todos os lados e leva seu vídeo para milhares de quilômetros de distância. E com o tempo passei a ver isso com outros olhos.
Sim, é animador quando seu vídeo explode e atinge dez mil, cinquenta mil, duzentas mil visualizações. Mas então chegam os comentários rasos de pessoas desinteressadas em você como criador. A maioria só quer mais daquele único conteúdo, e algo que me apavora é ser o criador que produz mais do mesmo.
Então sobra o podcast e a newsletter, duas mídias que muitos podem considerar saturadas como consequência do “boom criativo” da pandemia. Talvez eu tenha chegado atrasado na festa. Não sei ainda. Mas aos poucos vou tentar me destacar.
O podcast se mantém como um desejo que preciso deixar para mais tarde — quando eu estiver livre do aparelho dentário e com uma dicção melhor —, e como forma de me manter criativo, dedicarei boa parte do meu tempo a todos você, que me apoiou em algo que eu sempre fiquei inseguro em lançar.
No momento que escrevo isso tenho 31 assinantes — ou 30, ainda não sei se aquele e-mail é de um robô —, e fico entusiasmado só de pensar no exato momento em que a primeira edição da Nos Eixos será publicada.
Espero criar uma comunidade onde possamos conversar, trocar ideias, dicas e, acima de tudo, respeito. Quero escrever a respeito do que eu gosto, do meu jeito, no meu tempo.
Originalmente, a introdução acima teria míseros três parágrafos. Mas faz tempo que eu não sinto tanta inspiração em escrever algo assim. Eu era mais criativo a uma década atrás, tinha sonhos de virar escritor de ficção, mas conforme os anos passaram a realidade do mundo começou me deixou mais cínico e mais pessimista.
É como estar preso em uma rede e não ter vontade para tentar lutar contra o que quer que esteja te puxando. Talvez eu ainda esteja preso nela, mas a criação dessa newsletter é uma forma de realizar um sonho e me permitir sonhar mais. Faz tempo que não me sinto tão realizado.
Como parte da introdução, a ideia inicial era falar um pouco sobre mim, mas acho que o texto acima é suficiente e capaz de me representar quase cem por cento. Não preciso dizer que meu nome é Victor Carvalho, que há poucas semanas completei 26 anos e que moro no interior da Bahia depois de enjoar completamente de São Paulo (como eu havia feito na primeira vez que escrevi esse texto e agora julgo ser raso). Apesar do básico ser importante, acho que os parágrafos acima são mais especiais.
Há muito para contar para vocês; sobre como em 2016 criei o Techno1 acreditando que eu era capaz de tudo e sobre como terminei 2018 não acreditando em mais nada.
Sobre como tivemos uma pandemia que eu desejaria nunca ter acontecido. E como ainda carrego um bocado de problema dessa época, e também de um tempo mais recente, há poucos meses, quando peguei covid e, nas semanas que se sucederam, fiquei em um estado mental irreconhecível e desesperador.
Sinto que agora eu esteja mais otimista em relação a mim mesmo, talvez não muito em relação à vida no geral, mas quero criar vários novos objetivos e cumprir a grande maioria deles. Sei que nem sempre vou conseguir, mas quero acreditar que sim.
A Nos Eixos é um desses objetivos. Revisando o texto uma noite anterior à publicação me sinto inseguro de lançar, sinto que isso é inacabado e que está insuficiente. E isso é o que sempre me deixou um pé atrás de lançar algo: não está perfeito o bastante. E o problema é que nunca estará.
Obrigado você que está me apoiando nessa jornada. Mesmo com insegurança, esse texto vai ao ar, porque preciso lembrar que o processo criativo é mais importante do que o resultado perfeito.